Quero contar minha experiência clínica, com erros e acertos, sobre estratificação de resina composta. Uma situação que pode ocorrer na tua clínica, como aconteceu na minha, onde por um descuido na última camada de resina de esmalte, bloqueei todo efeito opalescente que desejava e planejava executar e criar.
Devemos sempre entender que a cor final de uma restauração em resina composta é dependente da somatória das camadas junto ao substrato dental. Portanto, no caso ilustrado aqui, eu necessitava de uma restauração clara, cor tipo um Bleach, porém com uma leve translucidez incisal. O meu planejamento até a camada de dentina e pigmento (corante) foi correto, mas a camada de esmalte
deveria ter sido feita com duas resinas e utilizei somente uma, bloqueando toda incisal pela luminosidade alta dessa resina.
Pense nas camadas de resina imaginando o quanto precisamos de translucidez ou opacidade. A resina de esmalte cromático tem reflexão de luz e passagem de luz, porém algumas resinas têm muito mais reflexão do que passagem de luz, como a BL2, que chamamos de resina de alto valor. Mas que se
comporta como uma resina de corpo.
- Camada Palatina
- Esmalte Acromático Dentina
- Dentina A1 Caracterização Intrínseca (corante branco, simulando mancha
branca Esmalte Vestibular) - Planejado (BL2 Esmalte Vestibular), Correto (BL2 Cut back + MW Estelite
Omega, somente no terço incisal).
Pense nas camadas de resina imaginando o quanto precisamos de translucidez ou opacidade. A resina de esmalte cromático tem reflexão de luz e passagem de luz, porém algumas resinas têm muito mais reflexão do que passagem de luz, como a BL2, que chamamos de resina de alto valor. Mas que se
comporta como uma resina de corpo.
O meu erro foi aplicar essa resina em toda restauração na última camada. Onde deveria ter dividido e aplicado no terço incisal o MW, que é um esmalte com cor clara, mas tem uma leve translucidez assim podendo visualizar os efeitos e espaços mais translúcidos da borda incisal.
Dica: Sempre que possível, faça o ensaio restaurador. O resultado não ficou ruim a ponto da paciente querer mudar a restauração, portanto não fiz nenhuma modificação, se fosse necessário, faria um desgaste da última camada na região necessária com um leve bisel, utilizaria a ponta Invicta® 2135 F e 3118 American Burrs e todo processo de reparo que citamos na coluna anterior.
CONCLUSÃO
Mantenha o foco nos procedimentos, um descuido como esse que eu tive na seleção de cor e na análise cromática, podem ser decisivos para o sucesso, ou não, do seu trabalho. Erre, mas saiba entender onde e porque errou para evoluir.